sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Coautoria e Participação no Crime de Infanticídio

Antes de falarmos sobre o tema em si, vamos relembrar como o artigo 123 do nosso Código Penal define o infanticídio, este que será nosso coadjuvante neste artigo.
Art. 123 - Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após.
O estado puerperal, segundo o doutrinador mais citado em trabalhos escolares, “é o conjunto das perturbações psicológicas e físicas sofridas pela mulher em face do fenômeno do parto” (JESUS, Damásio 2009, p. 107).
Ora, se para ser caracterizado infanticídio é necessário que a mulher que cometeu tal atrocidade se encontre no chamado estado puerperal, este crime se torna um crime próprio. Sendo assim, onde se encontra nosso protagonista, o coautor ou o partícipe? A resposta é um tanto óbvia: Ele não existe.
Quando digo que não existe coautor ou partícipe no crime de infanticídio, não significa que é sempre a progenitora e esta sozinha que pratica o crime sem o auxilio de ninguém. Significa que mesmo havendo alguém auxiliando ou até mesmo instigando o consumo de tal ato, a este não deverá ser calculada a pena que consta no artigo 123, e sim a pena descrita no artigo 121 de nosso Código Penal.
Ora, o infanticídio só se torna infanticídio quando é a mãe que o faz, segundo o já apresentado anteriormente, artigo 123. A partir do momento que um terceiro aparece e este auxilia para ser consumado o crime, este não será caracterizado um infanticida e sim um homicida.


Por: Felipe Marquesani
Luis Miguel Mansano
Pedro Augusto Dal Bon

Nenhum comentário:

Postar um comentário